terça-feira, 25 de maio de 2010

Castanha de Baru

Saiu uma outra matéria na mídia com os meus pitacos! Ficou muito legal e aí está uma palhinha. Enjoy!!!
Matéria Publicada na Revista Vida Natural e Equilíbrio - edição 37

Castanha de Baru
Com ela, a anemia passa longe! A oleaginosa é rica em ferro e zinco, minerais que botam essa doença para correr. Além disso, seu óleo é boa opção para reduzir o colesterol.
Por Paula Bueno

Há algum tempo as oleaginosas, como castanha do Brasil, de caju, avelã, nozes, pistache, amêndoas e amendoim, viraram as estrelas da alimentação saudável e balanceada, principalmente por serem ricas em diversos minerais e gorduras poli-insaturadas, os famosos ácidos graxos ômegas 3, 6 e 9. Além de proporcionarem vários benefícios ao organismo, esses alimentos são saborosos e, por isso, incluí-los no cardápio não é uma tarefa difícil.


Pois bem, outra semente oleaginosa, típica do cerrado brasileiro e praticamente desconhecida na maior parte do Brasil, vem para reforçar esse time de aliados da saúde. Trata-se da castanha do baru, fruto do baruzeiro (Dipteryx alata) uma planta leguminosa arbórea. Seu sabor é semelhante ao do amendoim e da castanha de caju, porém, é considerado mais prevalecente, como se a castanha tivesse sido um pouquinho mais torrada. É rica em proteínas, fibras, minerais, além dos ácidos graxos oleico (ômega-9) e linoleico (ômega-6). "Ela também é um alimento considerado proteico e energético, pois contém calorias", afirma a nutricionista clínica funcional Fernanda Granja, de São Paulo.

Muitos minerais


Parte da população brasileira tem deficiência de minerais, como ferro, zinco, magnésio e cálcio. Como já foi dito, essa oleaginosa do cerrado é rica nesses nutrientes e, sendo assim, seu consumo pode suprir essas necessidades e afastar males causados por sua carência.

Um estudo com a castanha do baru para a tese de mestrado da nutricionista Alinne Martins Ferreira, desenvolvido no Laboratório de Biofísica da Universidade de Brasília, mostrou uma quantidade de ferro equivalente a 59% das recomendações diárias de ingestão desse nutriente para indivíduos adultos, e 46,7% do consumo de zinco para a mesma faixa etária.
"De acordo com a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], um alimento é rico em algum nutriente quando apresenta pelo menos 30% da ingestão diária recomendada por 100 gramas. Nesse caso, a castanha do baru pode ser considerada uma ótima fonte de ferro e zinco", esclarece a nutricionista especialista em nutrição clínica Daniella dos Santos Galego, do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

A grande quantidade de ferro faz dessa oleaginosa uma aliada no combate à anemia. Em 2001, a farinha de castanha do baru passou a fazer parte da merenda escolar da rede municipal de Goiânia a fim de suprir as necessidades do mineral.
A nutricionista Fernanda Granja, porém, alerta que não basta um alimento ser rico em determinado nutriente se sua biodisponibilidade não for boa. Em outras palavras, é importante saber a capacidade que o organismo terá de absorver tal propriedade para que seus benefícios sejam aproveitados. "Mesmo ele não sendo tão biodisponível como o ferro da carne, o ferro de origem vegetal, quando combinado com alguns alimentos, como laranja, acerola, goiaba e outros ricos em vitamina C, pode ser perfeitamente aproveitado pelo organismo com total eficiência", orienta a profissional.


Viagra do Cerrado
Assim como o amendoim, a castanha do baru é considerada um alimento afrodisíaco. Geralmente, esse título é dado a alimentos ricos em energia de boa qualidade. A fama de ajudar na libido é tão grande que, na região onde o fruto é extraído, é chamado de "Viagra do Cerrado".

Mas, o valor energético não é o único responsável por isso. Outro nutriente participa desse processo: o zinco. O mineral é considerado o mais importante para a fertilidade, tanto masculina quanto feminina. "Devido à sua riqueza de nutrientes e por ser fonte de zinco, necessário à maturação do esperma e à fertilização dos óvulos, a castanha do baru tem sido considerada um afrodisíaco natural", explica a nutricionista Daniella dos Santos Galego.

Amiga do peito


Da castanha do baru também é possível a extração de um óleo fino com 81% de insaturação e semelhante ao azeite de oliva. Ele contém ômega-6 e é rico em ômega-9. O primeiro proporciona diversos benefícios ao organismo, como prevenção da hipertensão, redução do colesterol total e LDL (colesterol ruim), regulariza os níveis de glicose no sangue, reduz a gordura abdominal e a incidência de câncer, além de ajudar na cicatrização e queda de cabelo.

Já o segundo, além de possuir as mesmas funções benéficas ao sistema cardiovascular que as do ômega-6, é um potente antioxidante, que reduz as lesões nas células causadas pelos radicais livres, e inibe a agregação plaquetária e formação de trombos. "Estudos indicam que o ômega-9 inibe a produção excessiva de cortisol, com consequente diminuição do acúmulo de gordura abdominal", afirma a nutricionista Fernanda Granja.

 
Dicas de compra e conservação

Como qualquer alimento, é fundamental alguns cuidados na hora da compra. É importante verificar a procedência da castanha; o tipo de embalagem (de preferência a vácuo); e o seu aspecto, observando a presença de fungos. Se houver pontos esbranquiçados no meio ou em torno dela, é sinal de que o produto já entrou em contato com fungos e bactérias, o que é extremamente perigoso para a saúde. Só compre se a oleaginosa aparentar estar fresca e com cor uniforme.

Sua distribuição ainda não é feita em larga escala, mas a castanha do baru pode ser encontrada em alguns mercados municipais das grandes capitais e em lojas de produtos naturais. Em casa, ela deve ser conservada em potes escuros - já que os ômegas oxidam com muita facilidade e, dessa forma, perdem seu efeito -, e em local seco e arejado.

Na prática

A nutricionista clínica e fitoterapeuta Vanderlí Marchiori, de São Paulo, alerta que a castanha do baru nunca deve ser consumida crua, pois possui substâncias antinutricionais, como taninos e fitatos, que são elementos capazes de alterar a biodisponibilidade de nutrientes, como o cálcio, por exemplo.

O processo de torragem da castanha inativa essas substâncias, por isso, é importante salientar que só deve ser consumida torrada, para aproveitar todos seus benefícios e não causar nenhum transtorno à saúde. "Quando a castanha do baru é ingerida crua, causa intoxicação e pode levar a lesões na pele", completa Daniella dos Santos Galego.

Apesar de rica em nutrientes, seu consumo não deve ser exagerado. "Não há uma recomendação precisa de ingestão diária, mas podemos sugerir o consumo de 20 gramas todos os dias [que equivalem a 14 unidades]", indica Vanderlí Marchiori. Essa porção do alimento chega a suprir cerca de 25% das necessidades proteicas de uma criança, por exemplo.
Como as demais oleaginosas, ela é extremamente versátil e pode ser utilizada em várias preparações, doces ou salgadas. Entre os quitutes que costumam levar a castanha, podem ser citados o pé de moleque, paçocas, rapadura, antepastos, sorvetes, molhos, biscoitos, farofas, bolos, cookies, pães, pavês e diversos tipos de recheios.

















Produtos do baru:
Polpa: é consumida fresca ou em forma de doces, geleias e licores, podendo ser utilizada para sorvetes.

Castanha: deve ser consumida torrada. Pode ser uti- lizada para enriquecer diversas receitas, como pães, bolos, sorvetes, acompanhar aperitivos, ou ainda em doces ou paçoquinhas, granolas e barras de cereais. Segundo estudos, em 30 gramas de castanha do baru, o equivalente a meia xícara (chá), há 1,4 miligrama de ferro, mineral que combate a anemia.

Óleo: é semelhante ao azeite de oliva, com 81% de insaturação, e obtido por meio do processamento das amêndoas, rico em ômega-9. É utilizado na alimentação humana de maneira variada.

Fonte: Fernanda Granja, nutricionista clínica funcional, de São Paulo; e Vanderlí Marchiori, nutricionista clínica e fitoterapeuta, de São Paulo

Receitinhas:

Doce de quinoa e castanha do baru


Ingredientes
1 xícara (chá) de leite de soja não adoçado
1 xícara (chá) de água
1 xícara (chá) de quinoa vermelha (lavada)
2 xícaras (chá) de amora
½ colher (sopa) de canela em pó
1/3 de xícara (chá) de castanha do baru tostada
2 colheres (sopa) de melado de cana dissolvido em 2 colheres (sopa) de água
Preparo


Misture o leite de soja, a água e a quinoa em uma panela média. Deixe ferver. Abaixe o fogo, cubra e cozinhe por 15 minutos ou até que o líquido tenha sido absorvido. Apague o fogo e deixe descansar tampado por 5 minutos. Enquanto a quinoa cozinha, toste as castanhas de baru em uma frigideira em fogo médio por 5 a 6 minutos. Adicione as amoras e a canela. Transfira para quatro tigelas e cubra com as castanhas do baru. Espalhe 1 colher (chá) de melado por cima e sirva.

Rendimento
4 porções

Fonte: Fernanda Granja, nutricionista clínica funcional, de São Paulo

Molho pesto


Ingredientes
½ xícara (chá) de azeite de oliva
1 dente de alho
½ xícara (chá) de castanhas do baru torradas e moídas
1 xícara (chá) bem cheia de manjericão picado
1 colher (sopa) de queijo parmesão a gosto

Preparo
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Transfira para um recipiente e reserve. Sirva em massas quentes, como espaguete ou talharim cozidos.

Rendimento
6 porções

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Dicas de café da manhã RIT TV

A Rit Tv gravou comigo dicas de café da manhã. Vai ao ar 1 dica por dia, durante duas semanas no programa comandado pela Jaqueline no período da tarde!

Aqui vão algumas dicas, mas no programa será mais detalhado com certeza!

  1. Troque o leite com café por sucos naturais pelo menos 3 vezes por semana;
  2. Use fibras para diminuir colesterol, controlar ou abaixar a glicemia e para fazer seu inestino funcioar melhor: farinha de linhaça, farinha de banana verde, farinha de maracujá, farinha de maçã;
  3. Use semente de linhaça germinada, assim ela terá todos os benefícios como omega 3, omega 6, fibras, lignanas. Coloque 1 colh de semente de linhaça marrou ou dourada em meio copo d'água e deixe de  molho de 4 a 6 horas. Depois coloque tudo no liquidificador e bata com um fruta.
  4. Use oleaginosas (castanhas, amendoas, avelã, nozes) - elas contém varios nutrientes, como vitaminas e minerais que seu corpo precisa!
  5. Use Aloe Vera - esse composto é super importante para seu estômago
Não percam!!!!!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Refluxo, Gastrite e Azia - Nosso Programa

Olá pessoal! Estou há um tempo sem postar por falta de tempo mesmo!!!! rsrsr Mas na medida do possível vou colocando os acontecimentos aqui!
Fui convidada para estar ao vivo no "Nosso Programa" da Rit TV mais uma vez e dessa vez falamos sobre Refluxo, Gastrite e Azia.

Infelizmente não posso colocar tudo o que foi falado lá, mas vou tentar esclarecer dúvidas gerais sobre o assunto.
Como cada dieta é individualizada, é necessário uma ampla anamnese de sinais e sintomas sobre a saúde do paciente, para o resultado do tratamento nutricional ser melhor!
Por isso não posso ser específica aqui no blog... então vamos às dicas gerais:

Refluxo Gástrico Esofágico (RGE)


Prevenção:

Não comer até duas horas antes de dormir;
Não deitar após a refeição.
Consumir alimentos verdes e vivos (frutas, verduras, legumes, folhas, ect)
Alimento que devem ser excluídos:
  • leite e derivados, inclusive queijos brancos ou amarelos, iogurtes, creme de leite, leite sem lactose, etc
  • frituras, salgadinhos fritos ou de pacote;
  • comidas apimentadas, condimentos em excesso;
  • consumo em excesso de frutas ácidas ou seus sucos, 
  • balas, chicletes, biscoitos recheados.
  • Sucos industrializados devem ser consumidos com moderação já que eles são acrescidos de acidulantes, conservantes, aromatizantes e corantes. Evite ao máximo!
Alimentos que tratam:
  • aloe vera
  • suco de couve
  • lactobacilos
Azia


Prevenção:

Para evitar a azia, a dieta deve ter uma consistência macia, ser fracionada em intervalos regulares e em pequenos volumes, além disso, manter uma mastigação adequada, exclusão de cigarro e atentar-se a alimentos que causem mal-estar, pois eles agridem a mucosa e estimulam em excesso a secreção gástrica, poirando o quadro, como por exemplo:
  • bebidas alcoólicas
  • pimenta, mostarda, cravo, canela, noz moscada;
  • carnes em excesso (purina);
  • café, chás pretos e refrigerantes cola (cafeína);
  • chocolate, chás e café (metilxantinas)
  • leite e derivados e proteínas;
  • refrigerantes (gás);
  • frituras (acroleína).
Tratamento:
  • Aumente o consumo de ervas terapêuticas como Extrato de Aniz, Aloe Vera, Mangaba-brava, Paratudo, Pau-terra e Pau-terra macho, Macela (flor) e Pariparoba (jaguarandi).
  • Aloe vera
  • suco de couve 
Gastrite

Prevenção:

  • Evitar a ingestão de leite durante a crise, por ocasionar um aumento no suco gástrico para digestão dos nutrientes. Mesmo fora da crise não fazer sua ingestão isolada;
  • Não fazer uso de bebidas alcoólicas;
  • Evitar alimentos gordurosos, como chocolate, produtos derivados de tomate, bebidas que contenham cafeína, álcool, porque facilitam o refluxo do suco gástrico causando a irritação. Enquanto não houver cicatrização, evitar o consumo de alimentos ricos em fibras, como granola e produtos integrais.
  • Devem ser feitas refeições regulares e equilibradas. Comer devagar, mastigando bem os alimentos.
Tratamento:
Deve-se exluir:
  • Excluir carnes processadas, como os embutidos: Presunto, mortadela, copa, lombo, salsicha, linguiça, salame;
  • Peixes processados e salgados: sardinha, aliche;
  • Leite e derivados como queijos, iogurtes, etc;
  • Temperos industrializados: caldo de carne, maionese, molho tártaro, extrato ou molho de tomate, molho de soja (shoyo), molho inglês, molho de salada;
  • Patês: comerciais ou preparados;
  • Salgadinhos industrializados: Chips, amendoim, nozes salgadas;
  • Margarina ou manteiga;
  • Alimentos gordurosos, produtos derivados de tomate, bebidas que contenham cafeína, e álcool;
  • Sucos industrializados;
  • Alimentos estimulantes, como café, chá mate, chá preto, chocolate;
Para o tratamento nutricional é recomendado o consumo de limão. E também o consumo de ervas terapêuticas como Copaíba, Alecrim, Aloe Vera, Alfavaca Anizada, Calêndula e Carqueja.

Como percebemos o tratamento é muito parecido, por isso é necessário consultar um profissional (de preferências nutricionistas, é claro!!!! rsrrsr) para avaliar melhor cada caso.
 
Recomendações gerais:


Uma dieta saudável inclui verduras, legumes e frutas e é pobre em gorduras.


leite e derivados, cafeína, álcool e condimentos ácidos e picantes estimulam a produção ácido-gástrica.


Faça no mínimo três refeições ao dia em ambiente tranqüilo, não exagere na quantidade, mastigue bem os alimentos e coma devagar.

Qualquer dúvida estou aqui!!

OBS esse texto foi elaborado com a ajuda das Estagiária de Nutrição da Mundo Verde Moema, Maria Clara e Mariéli.