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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Tudo sobre a Chia

Bom dia!!!

O post de ontem me fez lembrar que dei várias dicas para o programa na TV Aparecida! Depois vou tentar colocar os vídeos aqui no blog, tá?
Dei 5 dicas para uma ceia saudável e uma delas foi uma receitinha de molho de chia que você pode fazer!

Se você for receber os amigos em casa na virada do ano, essa é uma ótima receita! Fácil, fácil!!


Molho de Chia para a salada

Ingredientes:
2 colheres (sopa) de sementes de chia

2 dentes de alho amassados com sal marinho a gosto

Suco de 1 limão

1 tomate (sem pele e sem sementes)

1/2 xícara (chá) de água

Modo de preparo:

Bata os ingredientes em um processador e use como tempero.





E Finalmente vou falar sobre a Chia! Muita gente me pediu aqui no blog, muita gente me perguntou pelo facebook, mas eu estava esperando sair a matéria na Revista Vida Natural, que eu tinha colaborado!





Então, vamos lá!

Quais os benefícios da semente de chia?
Dra Fernanda Granja: As sementes de chia possuem elevados níveis de ômega 3, além de grandes quantidades de fibras, proteínas, antioxidantes, vitaminas e sais minerais, como ferro, magnésio e cálcio. É também fonte de vitamina B e possui forte atividade antioxidante. A semente de chia também está relacionada a um efeito protetor contra agregação plaquetária, é antiinflamatório e antiviral; também protege contra doenças cardiovasculares, embolia, câncer de pulmão e de estômago. A chia auxilia na melhora da saúde cardiovascular, já que fornece níveis elevados de ácidos graxos essenciais; atua na redução dos níveis de glicose sanguínea (é rica em fibras solúveis); aumenta a saciedade e reduz a vontade de comer doces, pois as fibras possuem efeito sobre o trato gastrointestinal, retardando o esvaziamento gástrico, o que também evita a ocorrência de picos de glicemia. As fibras, em contato com a água, formam uma espécie de gelatina, que retarda o processo de digestão. No intestino, o gel ajuda a regulariza-lo e potencializa a absorção de nutrientes; atua na redução do colesterol e está relacionada ao processo de hidratação, pois a semente possui a capacidade de absorver de 10 a 12 vezes seu peso de água. Isso faz com que a semente inche e, retendo água, atua na hidratação do corpo. Rica em cálcio, ferro e magnésio, a chia é importante na manutenção da saúde óssea (cálcio), na construção do tecido muscular (magnésio) e no controle do humor e combate ao estresse. Tem, ainda, poder desintoxicante, já que a fibra atua na regulação do trânsito intestinal.

 - Quais os benefícios do ácido alfa-linoléico encontrado no grão?

Dra Fernanda Granja: O ácido alfa-linoléico é importante na dieta, já que reduz o risco de ocorrência de doenças cardiovasculares e atua na melhora de quadros de diabetes. Alguns estudos citam o ácido como protetor de doenças como câncer de próstata. Pesquisas citam que sua falta no organismo pode aumentar em até 70% o risco de doenças cardiovasculares, e ele também pode possuir efeito protetor em isquemias e epilepsias.

Ela pode ser considerada mais “poderosa” em relação aos nutrientes se comparada com a quinoa e a linhaça?

Dra Fernanda Granja: Não sei bem se podemos responder isso com precisão. É preciso muitoa análise química do alimentos para podermos ter certeza. No entanto, a oxidação da chia deve ser mínima, pois é rica em antioxidantes . Comparando com a linhaça, a chia é rica em vitamina B, o que não ocorre com a linhaça. Estudos recentes mostram que baixos níveis de vitamina B6 no sangue estão relacionados a risco de doenças cardiovasculares. A chia possui mais ômega 3 do que a linhaça, e tem o benefício de não precisar ser triturada para que seus benefícios sejam obtidos.

Em relação à quinua, penso que a quinua é mais completa em se tratando de vitaminas e minerais.

- A semente de chia pode auxiliar no emagrecimento? Por quê?

Dra Fernanda Granja: Seu poder de emagrecimento está relacionado a elevada quantidade de fibras solúveis e insolúveis que a chia possui, que proporcionam sensação de saciedade. Suas sementes são ricas em fibra. Quando entram em contato com a água, essas fibras formam uma espécie de gel no estômago, o que faz com que a digestão ocorra de maneira mais lenta. Assim, a saciedade ocorre mais rapidamente, e a pessoa acaba ingerindo porções menores.

Além disso, é rica em magnésio o que favorece o correto funcionamento do metabolismo celular, ajudando a manter o peso ou até mesmo emagrecer em alguns casos.

Possui alguma contraindicação de consumo?

Dra Fernanda Granja: Estudos não relatam nenhuma evidência de reação alérgica a chia. Além disso, a chia não estraga com facilidade (por ser protegida por antioxidantes naturais) e pode ser armazenada por períodos prolongados. Pode ser consumida crua, triturada ou misturada com água.

- Qual a quantidade de consumo recomendada?
Dra Fernanda Granja: Duas colheres de sobremesa de chia diariamente é suficiente para melhorar o funcionamento intestinal e reduzir a sensação de fome.

- Pode ser ingerida todos os dias?
Dra Fernanda Granja: Sim, como qualquer outroa limento rico em fibra. Nós precisamos de 30g de fibra por dia, então vale  a pena introduzir essa semente no cardápio.

- Pode sugerir 2 receitas práticas e saborosas para preparar com a semente de chia? Podem ser bolos, sopas, vitaminas...

Flan de Frutas

Ingredientes:
2 ameixas pretas médias sem caroço
3 damascos secos médios
1 colh de sopa de uva-passas
1 colh de sopa cheia de farinha de semente de chia
1 xícara rasa de água de coco
1 colh de sopa rasa de amaranto em flocos
8 morangos médios (ou a fruta que preferir)
1 fatia pequena de abacaxi
4 morangos para decorar

Modo de Preparo:

Deixe as frutas secas e a chia de molho na água de coco por 1 hora. Coloque-as no liquidificador e acrescente o amaranto e os 8 morangos. Bata até ficar cremoso.

Corte o abacaxi e os 4 morangos em cubinhos e ponha em cima do creme. Sirva frio.



Para usar já!
beijossss

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Ative seu Intestino!

A revista Vida Natural me pediu para falar um pouco sobre o intestino. Essa matéria é super imporante, pois nosso intestino é um dos orgãos mais imporantes que temos. Sem ele, nada funciona. Você pode ter uma saúde ótima ou péssima dependendo de como seu intestino funciona. Você pode emagrecer, engordar, eliminar toxinas, reter toxinas (sim, isso é bem possível com tanta porcaria que colocamos para dentro), enfim! Matéria super importante que vale a pena parar para ler!
Segue a entrevista na íntegra!


1 - O que equilibrar a flora intestinal tem a ver com a alimentação? Explicar.
Dra Fernanda Granja: Devemos ter em mente que intestino saudável, é aquele que está íntegro para absorver vitaminas e minerais, e eliminar as toxinas e os resíduos que o organismo não precisa mais. Nosso organismo é formado por células, que por sua vez é composta de nutrientes.Tudo o que comemos é absorvido no intestino, todas as vitaminas e minerais, portanto se o intestino não está saudável, não absorvemos os nutrientes de forma adequada, prejudicando assim o sistema imunológico, nossas funções hormonais e sistema nervoso. Isso tudo nos fala que um mal funcionamento intestinal pode agravar ou até ocasionar problemas físicos e emocionais, como as doenças neurológicas. A má absorção intestinal pode diminuir a produção dos neurotransmissores (como a serotonina, por exemplo), já que a produção dos mesmos depende de diversos nutrientes vindos da alimentação.
2 - O que são e qual a função dos prebióticos e probióticos?
Dra Fernanda Granja: São alimentos funcionais, segundo determinação da ANVISA, que promovem função benéfica no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano.

• Probióticos
O termo deriva do grego, “pró -vida”. São alimentos acrescidos de micro-organismos, bactérias, que povoam a nossa flora intestinal, promovendo benefícios como defesa do nosso organismo e absorção excelente de nutrientes.
Podemos encontrá-las nos leites fermentados e os nos iogurtes. Já podemos adquirir essas bactérias atravéns dos lactobacilos comprados em farmácias ou em casas de produtos naturais, na forma de pó ou cápsulas.

Os probióticos exercem as seguintes funções no organismo:
  1. Segundo estudos, fortalecem o sistema imunológico, através de uma maior produção de células protetoras; auxiliando no reforço do sistema imunológico e ajudando o organismo a criar defesas contra bactérias e microorganismos indesejáveis;
  2. Quando consumidos aumentam os níveis de vitaminas do complexo B e aminoácidos do hospedeiro, assim como absorção acrescida de cálcio e ferro;
  3. Equilibram a flora intestinal, atuando no controle do colesterol e na redução do risco de câncer;
  4. Possuem uma particular importância para os indivíduos com intolerância à lactose, devido ao aumento de uma enzima (lactase) que facilita a digestão da lactose.


Prebióticos

São alimentos não digeríveis que estimulam o crescimento de colônias de bactérias benéficas, os lactobacilos. Assim, os lactobacilos (bactérias) conseguem se manter vivos e cumprir sua função na flora intestinal. Esses alimentos não digeríveis são as fibras alimentares, a inulina (polímero de glicoe encontrado no alho, cebola, aspargos e alcachofra), os fruto-oligosacarídeos – FOS, encontrado em frutas e legumes (como cebola, alho, tomate, banana, cevada, aveia, trigo, mel e cerveja), e o amido resistente, encontrados em alimentos como banana verde, feijão, batata e lentilha;


Os prebióticos apresentam as seguintes funções:

  1. Ajudam na manutenção da flora intestinal;
  2. Estimulam a motilidade intestinal (trânsito intestinal);
  3. Contribuem com a consistência normal das fezes, prevenindo assim a diarréia e a constipação intestinal por alterarem a microflora colônica propiciando uma microflora saudável;
  4. Colaboram para que somente sejam absorvidas pelo intestino as substâncias necessárias, eliminando assim o excesso de glicose (açúcar) e colesterol, favorecendo, então a diminuição do colesterol e triglicérides totais no sangue;
  5. Possui efeito bifidogênico, isto é, estimulam o crescimento das bifidobactérias. Essas bactérias suprimem a atividade de outras bactérias que são putrefativas, que podem formar substâncias tóxicas.
3 - Quais alimentos colaboram para a saúde intestinal? Por quê?

Dra Fernanda Granja: Água, fibras alimentares encontradas nas frutas com casca e legumes, assim como no farelo de trigo, grãos integrais (grão de bico, quinua, amaranto, lentilha, arroz integral, massas integrais) e verduras. Já as fibras solúveis, que são representadas pela pectina, gomas e mucilagens, como a fibra de maçã, também são de grande valia para o funcionamento intestinal.

Todos esses alimentos melhoram o trânsito intestinal e contribui para um intestino saudável.
4 - Quais alimentos atrapalham a saúde da flora intestinal? Por quê?
Dra Fernanda Granja: Estudos e prática clínica mostram que isso é muito individual. Cada um pode ter problemas com algum determinado alimento, ou não ter problema nenhum, mas basicamente as proteínas são as grandes vilãs no processo digestino e intestinal. A caseína, proteína presente no leite e derivados, e o glúten, proteína presente no trigo, aveia, cevada, malte e centeio, são altamente alergênicos, assim como a soja.

5 - Quais os principais erros que cometemos quanto à boa flora intestinal?

Dra Fernanda Granja: Um erro bem comum é o de avaliar o intestino simplesmente pelo fato de evacuar ou não. O intestino deve ser avaliado pelo trânsito intestinal, é claro, mas existem vários outros sintomas que podemos ver como está a saúde intestinal, como presença ou não de gases e estufamento abdominal, presença ou não de dores ou pontadas no tratogastrointestinal, presença ou não de odor fétido proveniente dos gases, cor e tamanho das fezes, cabelo, pele e unha saudáveis, sensação ou não de bem estar, emfim, são vários sintomas que podemos diagnosticar como vai a saúde intestinal.

Outro erro que atrapalha grandemente o intestino é o de beber líquido junto com a refeição, pois impede a ótima absorção dos nutrientes, impedindo um bom bem estar geral.

E por último, outro erro é o de não comer frutas e vegetais frescos, ou como gosto de chamar, os alimentos de verdade! O uso de produtos industrializados em excesso, como produtos de caixinhas, saquinhos, em pó ou compactados e carnes processadas (embutidos), são ricos em substâncias tóxicas que prejudicam todo esse funcionamento bom, ao contrário das frutas e verduras frescas.

Gostaram?? Ficou alguma dúvida??

beijosssss

sábado, 7 de agosto de 2010

Dieta Mediterrânea

Mais uma vez participei da Revista Vida Natural. A matéria está na revista n 39 e é sobre a dieta do mediterrâneo, que é uma dieta da época da Bíblia, e que tem vários benefícios a nossa saúde. Deus em toda sua sabedoria sempre tentou nos ensinar entre outras coisas, a melhor dieta. E estudos comprovam que a dieta mediterrânea é mesmo a melhor!
Confira matéria na íntegra:



Os segredos do Mediterrâneo

Além de beneficiar a saúde de forma geral, estudo revelou que a dieta mediterrânea pode ajudar a diminuir o desenvolvimento de depressão
Por Paula Bueno


Vida longa, baixa incidência de doenças e uma mesa farta, que enche os olhos antes de satisfazer o estômago. Essa é a realidade dos nativos de cidades europeias que são banhadas pelo mar Mediterrâneo, como é o caso de algumas regiões da Itália e da Espanha. O cardápio dessas pessoas, tradicionalmente, leva alimentos como pães, massas, vegetais, legumes, frutas... Ok, o do brasileiro também, então, o que há de especial nisso? Resposta: a frequência e a quantidade em que são consumidos. Além disso, a principal fonte de gordura do povo mediterrâneo é proveniente do nobre azeite de oliva. Quanto à bebida, um cálice de vinho tinto, cheio de substâncias antioxidantes, no almoço e jantar.

Afaste a depressão

Os efeitos da dieta mediterrânea sobre a saúde são estudados desde a década de 1950. Recentemente foi feita uma nova descoberta, que pode ser uma aliada a mais àqueles que sofrem com o maior mal dos tempos modernos, a depressão. Estudos das Universidades de Las Palmas e Navarra, na Espanha, mostraram que quem segue este tipo de alimentação reduz em 30% o risco de desenvolver depressão. "A dieta mediterrânea é rica em nutrientes essenciais e antioxidantes, o que pode reduzir os riscos de depressão", explica a nutricionista clínica Ludmilla Moreira Eler, do Centro de Acompanhamento da Saúde e Check-up do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Pesquisa revelou que pessoas que aderem à dieta, geralmente, são ex-fumantes, casadas e ativas fisicamente

O monitoramento, feito com 10 mil adultos saudáveis, foi realizado durante quatro anos e os resultados publicados no Journal of the American Medical Association. Os participantes preencheram questionários sobre seus hábitos alimentares e os pesquisadores calcularam a adesão à dieta mediterrânea. Constatou-se que os que apresentaram maiores índices de associação a esse cardápio eram homens, ex-fumantes, casados e mais velhos. O consumo de energia deles também era mais elevado, além de serem ativos fisicamente. Eles foram os que apresentaram menores chances de desenvolver a doença.

Aliados de peso

É indiscutível o fato de que todos os alimentos que vão à mesa dessas pessoas são de alto valor nutricional, mas alguns contêm substâncias que contribuem especialmente para o efeito benéfico do estudo promovido pelos espanhóis. As estrelas da dieta são os ômegas 3 e 9, selênio e triptofano, que podem ser ingeridos por meio de alimentos como peixes e frutos do mar; azeite de oliva; castanhas e nozes; e frutas e laticínios magros, respectivamente. "Essas substâncias são importantes para o funcionamento normal do cérebro", atesta a nutricionista clínica Virginia Nascimento, vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrição (Asbran).

Apesar de a notícia ser excelente, vale lembrar que quem sofre da patologia não deve abandonar o tratamento por conta própria. A alimentação pode ajudar na recuperação do bem-estar tanto do corpo quanto da mente, mas, neste caso, não devem ser tomadas decisões antes de uma conversa com um médico. A depressão ou desordens mentais nunca são tratadas de maneira isolada, muitas vezes sendo necessário o tratamento medicamentoso e terapias com profissional capacitado. "A alimentação, neste caso, tem muita importância, mas funciona como coadjuvante", alerta a nutricionista funcional Fernanda Granja, de São Paulo.

Abaixo as gordurinhas!

Sabia que a alimentação do Mediterrâneo também é considerada uma aliada no combate à obesidade? O consumo dos ingredientes que compõem a dieta (veja box acima) ajuda a evitar o aumento de peso. "Ela é nutritiva e saborosa, o que evita a monotonia alimentar", afirma Fernanda Granja. Uma forma de obter o resultado é combinar alimentos ricos em vitamina B5 (lentilha, gema de ovo, brócoli, leite e derivados, abacate) com outros que são boas fonte de mag- nésio (vegetais folhosos verde-escuros, aveia, gérmen de trigo, amêndoas e nozes). Metade de um abacate com três unidades de amêndoas ou nozes é uma excelente pedida!

A tradição de um povo


A dieta Mediterrânea é um conjunto de tradições alimentares, conhecimentos e técnicas artesanais, que os povos do Mediterrâneo reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. Tradicionalmente, seu cardápio consiste no elevado consumo de cereais - de preferência não refinados -, óleo de oliva e azeitona, frutas, hortaliças, legumes, frutas secas e peixe, consumo moderado de laticínios (principalmente queijos e iogurte), reduzida quantidade de carne e derivados e moderada quantidade de vinho, se desejado.

Fonte: Carlo Cannella, pesquisador e especialista em alimentação e professor de Nutrição Humana na Faculdade de Medicina e Cirurgia da Universidade Sapienza, de Roma, na Itália

Comer ou não comer?


Considerados por muitos como vilões da boa forma, os pães e as massas são alimentos básicos nesse tipo de dieta. Então, como é possível comê-los todos os dias e não entrar em guerra com a balança? Se forem respeitadas as porções recomendadas, todos os grupos de alimentos podem ser consumidos. "O consumo excessivo de um único ingrediente comporta desequilíbrios nutricionais que levam à má nutrição, seja por falta ou por excesso", explica o pesquisador e especialista em alimentação Carlo Cannella, professor de Nutrição Humana na Faculdade de Medicina e Cirurgia da Universidade Sapienza, de Roma, na Itália.

O acadêmico também alerta para o fato de que não existem alimentos bons ou maus e que seu efeito dependerá da quantidade consumida diariamente. "Um número adequado de porções deve conter todos os grupos de alimentos na pirâmide diária (veja box na página seguinte) para ter a certeza de que se está ingerindo todos os nutrientes", completa.

Amiga do coração


O baixo consumo de gorduras animais e grande ingestão de alimentos com propriedades antioxidantes e de ômegas 3 e 9, também tornam essa dieta uma aliada da saúde cardiovascular. "A Escola de Saúde Pública da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e outras instituições científicas europeias, publicaram na revista NewScientist em junho de 2003, resultados alcançados com a adoção da alimentação mediterrânea, valorizando a redução de 25% do risco de morte por doenças cardiovasculares e câncer", conta a nutricionista da Asbran.

Diabete controlada

Uma pesquisa da Universidade de Nápoles, na Itália, mostrou que pacientes recém-diagnosticados com diabete tipo 2 que aderiram a essa dieta reduziram a probabilidade de tratamento com medicamentos. "Os alimentos integrais contêm fibras que funcionam como uma vassourinha no sangue, ou seja, diminuem o açúcar circulante e, consequentemente, reduzem a resistência insulinêmica, a grande responsável pela diabete tipo 2", esclarece a nutricionista funcional Fernanda Granja, de São Paulo.

Fonte: Carlo Cannella, pesquisador e especialista em alimentação e professor de Nutrição Humana na Faculdade de Medicina e Cirurgia da Universidade Sapienza, de Roma, na Itália
A adoção da alimentação mediterrânea reduziu em 25% o risco de morte por doenças cardiovasculares e câncer, segundo estudo da Universidade Harvard

Desvendando a pirâmide alimentar mediterrânea:














Atividade física: 30 minutos por dia, constante e regular. Estudos mostram que esse tipo de exercício reduz a gordura abdominal consideravelmente.


Pães, massas e carboidratos em geral: consumir todos os dias, pois geram energia celular. Mas sem exagerar. Não ultrapasse 4 ou 5 porções por dia e dê preferência às versões integrais.

Frutas, legumes e hortaliças: o consumo de alimentos crus deve ser priorizado. Eles são ricos em vitaminas e minerais, fazendo que o organismo funcione adequadamente.

Azeites: podemos citar o azeite, as oleaginosas (castanhas, amêndoas, nozes) e o óleo de linhaça. São alimentos ricos em ômegas, gorduras poli-insaturadas anti-inflamatórias que tratam e previnem doenças do coração e melhoram os neurotransmissores cerebrais.

Queijos e iogurtes: são produtos fermentados, mais facilmente digeridos e não causam distensão abdominal por não formar gases. O iogurte é um produto facilmente digerível, sendo considerado agente regulador das funções digestivas. Vale ressaltar que a ingestão de leite e queijos de cabra é uma ótima opção, pois eles contêm menor quantidade de lactose.

Peixes, carnes brancas e ovos: fazem parte do grupo das proteínas com alto valor biológico. Devem ser consumidas semanalmente.

Doces: na dieta mediterrânea, eles são à base de frutas secas e, por isso, estimulados a serem consumidos semanalmente. Aqui não entram doces açucarados.

Carne vermelha: fonte de aminoácidos necessários à regeneração celular, de ferro heme (que é mais facilmente absorvido pelo organismo) e de vitamina B12, essencial na proteção contra as anemias. No entanto, em excesso, pode fazer mal, pois é rica em gorduras saturadas.

Vinho: contém resveratrol e antocianinas, antioxidantes que protegem o coração, melhoram o aspecto da pele e previnem o envelhecimento.

Água: o ideal é o consumo de água pura, pois assim as toxinas são liberadas e o organismo funciona melhor.

Fonte: Fernanda Granja, nutricionista funcional, de São Paulo

Receita:
Creme de abobrinha com tomates secos e azeitonas



Ingredientes
500 g de abobrinhas
½ litro de caldo de legumes
1 alho-poró
10 folhas de manjerona fresca
1 colher (sopa) de farinha de banana-verde diluída em água morna
Gotas de limão
12 tomates secos
12 azeitonas pretas
Azeite de oliva extravirgem
Sal a gosto

Preparo
Corte as abobrinhas em cubinhos. Corte fininha a parte branca do alho-poró. Ferva o caldo de legumes e adicione os legumes e a manjerona. Cozinhe por 15 minutos e tempere com sal. Deixe amornar e bata até obter um creme. Junte a farinha de banana-verde diluída e volte ao fogo mexendo sempre. Corte os tomates secos e as azeitonas em pedacinhos. Junte ao creme, acrescente gotas de limão, mexa bem e regue com um fio de azeite. Sirva quente.
Rendimento: 2 porções

Fonte: Fernanda Granja, nutricionista funcional, de São Paulo

terça-feira, 25 de maio de 2010

Castanha de Baru

Saiu uma outra matéria na mídia com os meus pitacos! Ficou muito legal e aí está uma palhinha. Enjoy!!!
Matéria Publicada na Revista Vida Natural e Equilíbrio - edição 37

Castanha de Baru
Com ela, a anemia passa longe! A oleaginosa é rica em ferro e zinco, minerais que botam essa doença para correr. Além disso, seu óleo é boa opção para reduzir o colesterol.
Por Paula Bueno

Há algum tempo as oleaginosas, como castanha do Brasil, de caju, avelã, nozes, pistache, amêndoas e amendoim, viraram as estrelas da alimentação saudável e balanceada, principalmente por serem ricas em diversos minerais e gorduras poli-insaturadas, os famosos ácidos graxos ômegas 3, 6 e 9. Além de proporcionarem vários benefícios ao organismo, esses alimentos são saborosos e, por isso, incluí-los no cardápio não é uma tarefa difícil.


Pois bem, outra semente oleaginosa, típica do cerrado brasileiro e praticamente desconhecida na maior parte do Brasil, vem para reforçar esse time de aliados da saúde. Trata-se da castanha do baru, fruto do baruzeiro (Dipteryx alata) uma planta leguminosa arbórea. Seu sabor é semelhante ao do amendoim e da castanha de caju, porém, é considerado mais prevalecente, como se a castanha tivesse sido um pouquinho mais torrada. É rica em proteínas, fibras, minerais, além dos ácidos graxos oleico (ômega-9) e linoleico (ômega-6). "Ela também é um alimento considerado proteico e energético, pois contém calorias", afirma a nutricionista clínica funcional Fernanda Granja, de São Paulo.

Muitos minerais


Parte da população brasileira tem deficiência de minerais, como ferro, zinco, magnésio e cálcio. Como já foi dito, essa oleaginosa do cerrado é rica nesses nutrientes e, sendo assim, seu consumo pode suprir essas necessidades e afastar males causados por sua carência.

Um estudo com a castanha do baru para a tese de mestrado da nutricionista Alinne Martins Ferreira, desenvolvido no Laboratório de Biofísica da Universidade de Brasília, mostrou uma quantidade de ferro equivalente a 59% das recomendações diárias de ingestão desse nutriente para indivíduos adultos, e 46,7% do consumo de zinco para a mesma faixa etária.
"De acordo com a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], um alimento é rico em algum nutriente quando apresenta pelo menos 30% da ingestão diária recomendada por 100 gramas. Nesse caso, a castanha do baru pode ser considerada uma ótima fonte de ferro e zinco", esclarece a nutricionista especialista em nutrição clínica Daniella dos Santos Galego, do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

A grande quantidade de ferro faz dessa oleaginosa uma aliada no combate à anemia. Em 2001, a farinha de castanha do baru passou a fazer parte da merenda escolar da rede municipal de Goiânia a fim de suprir as necessidades do mineral.
A nutricionista Fernanda Granja, porém, alerta que não basta um alimento ser rico em determinado nutriente se sua biodisponibilidade não for boa. Em outras palavras, é importante saber a capacidade que o organismo terá de absorver tal propriedade para que seus benefícios sejam aproveitados. "Mesmo ele não sendo tão biodisponível como o ferro da carne, o ferro de origem vegetal, quando combinado com alguns alimentos, como laranja, acerola, goiaba e outros ricos em vitamina C, pode ser perfeitamente aproveitado pelo organismo com total eficiência", orienta a profissional.


Viagra do Cerrado
Assim como o amendoim, a castanha do baru é considerada um alimento afrodisíaco. Geralmente, esse título é dado a alimentos ricos em energia de boa qualidade. A fama de ajudar na libido é tão grande que, na região onde o fruto é extraído, é chamado de "Viagra do Cerrado".

Mas, o valor energético não é o único responsável por isso. Outro nutriente participa desse processo: o zinco. O mineral é considerado o mais importante para a fertilidade, tanto masculina quanto feminina. "Devido à sua riqueza de nutrientes e por ser fonte de zinco, necessário à maturação do esperma e à fertilização dos óvulos, a castanha do baru tem sido considerada um afrodisíaco natural", explica a nutricionista Daniella dos Santos Galego.

Amiga do peito


Da castanha do baru também é possível a extração de um óleo fino com 81% de insaturação e semelhante ao azeite de oliva. Ele contém ômega-6 e é rico em ômega-9. O primeiro proporciona diversos benefícios ao organismo, como prevenção da hipertensão, redução do colesterol total e LDL (colesterol ruim), regulariza os níveis de glicose no sangue, reduz a gordura abdominal e a incidência de câncer, além de ajudar na cicatrização e queda de cabelo.

Já o segundo, além de possuir as mesmas funções benéficas ao sistema cardiovascular que as do ômega-6, é um potente antioxidante, que reduz as lesões nas células causadas pelos radicais livres, e inibe a agregação plaquetária e formação de trombos. "Estudos indicam que o ômega-9 inibe a produção excessiva de cortisol, com consequente diminuição do acúmulo de gordura abdominal", afirma a nutricionista Fernanda Granja.

 
Dicas de compra e conservação

Como qualquer alimento, é fundamental alguns cuidados na hora da compra. É importante verificar a procedência da castanha; o tipo de embalagem (de preferência a vácuo); e o seu aspecto, observando a presença de fungos. Se houver pontos esbranquiçados no meio ou em torno dela, é sinal de que o produto já entrou em contato com fungos e bactérias, o que é extremamente perigoso para a saúde. Só compre se a oleaginosa aparentar estar fresca e com cor uniforme.

Sua distribuição ainda não é feita em larga escala, mas a castanha do baru pode ser encontrada em alguns mercados municipais das grandes capitais e em lojas de produtos naturais. Em casa, ela deve ser conservada em potes escuros - já que os ômegas oxidam com muita facilidade e, dessa forma, perdem seu efeito -, e em local seco e arejado.

Na prática

A nutricionista clínica e fitoterapeuta Vanderlí Marchiori, de São Paulo, alerta que a castanha do baru nunca deve ser consumida crua, pois possui substâncias antinutricionais, como taninos e fitatos, que são elementos capazes de alterar a biodisponibilidade de nutrientes, como o cálcio, por exemplo.

O processo de torragem da castanha inativa essas substâncias, por isso, é importante salientar que só deve ser consumida torrada, para aproveitar todos seus benefícios e não causar nenhum transtorno à saúde. "Quando a castanha do baru é ingerida crua, causa intoxicação e pode levar a lesões na pele", completa Daniella dos Santos Galego.

Apesar de rica em nutrientes, seu consumo não deve ser exagerado. "Não há uma recomendação precisa de ingestão diária, mas podemos sugerir o consumo de 20 gramas todos os dias [que equivalem a 14 unidades]", indica Vanderlí Marchiori. Essa porção do alimento chega a suprir cerca de 25% das necessidades proteicas de uma criança, por exemplo.
Como as demais oleaginosas, ela é extremamente versátil e pode ser utilizada em várias preparações, doces ou salgadas. Entre os quitutes que costumam levar a castanha, podem ser citados o pé de moleque, paçocas, rapadura, antepastos, sorvetes, molhos, biscoitos, farofas, bolos, cookies, pães, pavês e diversos tipos de recheios.

















Produtos do baru:
Polpa: é consumida fresca ou em forma de doces, geleias e licores, podendo ser utilizada para sorvetes.

Castanha: deve ser consumida torrada. Pode ser uti- lizada para enriquecer diversas receitas, como pães, bolos, sorvetes, acompanhar aperitivos, ou ainda em doces ou paçoquinhas, granolas e barras de cereais. Segundo estudos, em 30 gramas de castanha do baru, o equivalente a meia xícara (chá), há 1,4 miligrama de ferro, mineral que combate a anemia.

Óleo: é semelhante ao azeite de oliva, com 81% de insaturação, e obtido por meio do processamento das amêndoas, rico em ômega-9. É utilizado na alimentação humana de maneira variada.

Fonte: Fernanda Granja, nutricionista clínica funcional, de São Paulo; e Vanderlí Marchiori, nutricionista clínica e fitoterapeuta, de São Paulo

Receitinhas:

Doce de quinoa e castanha do baru


Ingredientes
1 xícara (chá) de leite de soja não adoçado
1 xícara (chá) de água
1 xícara (chá) de quinoa vermelha (lavada)
2 xícaras (chá) de amora
½ colher (sopa) de canela em pó
1/3 de xícara (chá) de castanha do baru tostada
2 colheres (sopa) de melado de cana dissolvido em 2 colheres (sopa) de água
Preparo


Misture o leite de soja, a água e a quinoa em uma panela média. Deixe ferver. Abaixe o fogo, cubra e cozinhe por 15 minutos ou até que o líquido tenha sido absorvido. Apague o fogo e deixe descansar tampado por 5 minutos. Enquanto a quinoa cozinha, toste as castanhas de baru em uma frigideira em fogo médio por 5 a 6 minutos. Adicione as amoras e a canela. Transfira para quatro tigelas e cubra com as castanhas do baru. Espalhe 1 colher (chá) de melado por cima e sirva.

Rendimento
4 porções

Fonte: Fernanda Granja, nutricionista clínica funcional, de São Paulo

Molho pesto


Ingredientes
½ xícara (chá) de azeite de oliva
1 dente de alho
½ xícara (chá) de castanhas do baru torradas e moídas
1 xícara (chá) bem cheia de manjericão picado
1 colher (sopa) de queijo parmesão a gosto

Preparo
Bata todos os ingredientes no liquidificador. Transfira para um recipiente e reserve. Sirva em massas quentes, como espaguete ou talharim cozidos.

Rendimento
6 porções

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Feijão emagrece?????????

Dei uma entrevista para a jornalista Paula Bueno para a Revista Vida Natural e Equilíbrio
Aí está na ïntegra!!!!

"Se alguém disser por aí que o feijão, um dos alimentos mais antigos da humanidade, ajuda a eliminar alguns quilos, é melhor não duvidar.


A novidade é proveniente do feijão-branco, e a faseolamina, uma proteína de reserva, é a responsável pela ação emagrecedora.

Ela tem como propriedade inibir a atividade da enzima alfa-amilase humana, que é a responsável pela transformação do amido ingerido em glicose.

Funciona assim: a alfa-amilase é liberada toda vez que nos alimentamos.

Sua função é ajudar na digestão dos carboidratos, convertendo-os em açúcares, que são lançados na corrente sanguinea, causando aumento da glicemia.

A ingestão da faseolamina inibe essa enzima, e faz que parte desses carboidratos não sejam digeridos, enviando-os diretamente ao intestino para eliminação através das fezes.

A proteína diminui os níveis de açúcar no organismo e desta forma auxilia na redução de peso.

"Esse mecanismo apresenta uma alternativa segura para as dietas de emagrecimento, diabéticos que precisam diminuir a quantidade de açúcar circulante e para a diminuição de triglicerídeos, favorecendo a saúde do coração", atesta a nutricionista funcional Fernanda Granja, de São Paulo.

Para que essa ação ocorra no organismo, porém, é necessário que o feijão-branco seja consumido na forma de farinha, pois assim o benefício é concentrado.

Se fosse consumido na forma de grão, seria necessário 1 quilo de feijão para obter a quantidade adequada de faseolamina, o que é contraindicado.

Além da presença dessa proteína de reserva, a farinha é rica em fibras solúveis, que promovem a sensação de saciedade e ajudam no controle da compulsão alimentar.

"É importante que a pessoa se lembre de tomar bastante água, para que o intestino funcio ne adequadamente tam bém", acrescenta a nutricionista.

Outras variedades de feijão também possuem essa propriedade emagrecedora, entretanto, o feijão-branco é o mais indicado para essa finalidade.

"Os outros tipos de feijão têm a capacidade de trazer saciedade, devido ao conteúdo de proteínas e fibras, mas estudos científicos dão mais destaque à faseolamina do feijão-branco como a principal", afirma a nutricionista Juliana Labanca, da Nutricorp (RJ)."

NA PRÁTICA

"A farinha de feijão-branco deve ser consumida duas vezes ao dia, 30 minutos antes do almoço e do jantar - nessas refeições o consumo de carboidrato é maior.

De forma geral, a dose recomendada é de 1 grama por dia, equivalente a uma colher de chá rasa, que deve ser diluída em um copo de água ou suco.

"É preciso lembrar que a quantidade recomendada pode alterar entre as pessoas, pois há outras variáveis, como qualidade da alimentação, doenças, estilo de vida, idade, peso, entre outros fatores", alerta a nutricionista Barbara Sanches, da VP Consultoria Nutricional (SP).

Não adianta consumir a farinha em doses maiores do que a recomendada, nem em refeições onde não há ingestão de carboidratos, pois a sua finalidade é "enganar" o organismo.

Por exemplo: se em uma refeição forem ingeridos 250 gramas, a faseolamina bloqueará cerca de 20% desses carboidratos, fazendo que a porção fique com um peso menor.

Onde encontrar?

A farinha de feijão-branco pode ser encontrada em casas de produtos naturais ou lojas de suplementos esportivos.

As farmácias de manipulação vendem a versão encapsulada, que só deve ser consumida com prescrição de nutricionistas ou médicos, devido à dosagem indicada para cada pessoa.

POTENCIALIZANDO OS RESULTADOS

O consumo de alguns alimentos que aumentam a saciedade, aliados à ingestão da farinha, potencializa o emagrecimento.

"É importante comer frutas, legumes e verduras, além de porções adequadas de carboidratos, mesmo com a absorção desse nutriente diminuída", indica Juliana Labanca.

As fibras solúveis também ajudam bastante no processo e podem ser adquiridas por meio da fibra de maçã, farinha de maracujá, farelo de aveia e farinha de linhaça dourada.

Os fitoterápicos como a Gymnema silvestre e a Garcínia camboja, também podem atuar como coadjuvantes do emagrecimento.

O primeiro estimula a liberação de insulina, reduzindo a concentração de glicose, e o segundo atua como moderador de apetite, inibindo a absorção de carboidratos.

CUIDADOS NO CONSUMO

Como em toda dieta, não adianta apostar todas as fichas na farinha de feijão-branco e achar que apenas a faseolamina vai cuidar de todo o processo de emagrecimento.

É necessário que haja uma readequação da alimentação para torná-la equilibrada e saudável, e é sempre bom procurar ajuda de um profissional de nutrição.

"Moderação e individualidade são as palavras-chave para o sucesso do tratamento, por isso, um profissional de nutrição é o mais adequado para ser consultado, pois ele é o único que tem capacidade técnica e científica para planejar cardápios e receitas para fins especiais, como emagrecimento", aconselha a nutricionista Fernanda Granja.

Vale ressaltar que algumas pessoas devem ter cuidado ao consumir essa farinha.

"Os estudos ainda não apresentam contraindicações, mas, como parte do carboidrato não será absorvida, devemos lembrar que ela ficará no intestino passível de ser fermentada, servindo como alimento para bactérias maléficas", salienta a nutricionista da VP Consultoria Nutricional.

Por isso, quem tem problemas de digestão, excesso de produção de gases, constipação, ou mesmo diarreia deve tomar cuidado com a utilização da farinha.

Pessoas que sofrem de hipoglicemia não devem fazer uso sem acompanhamento.

Tem no feijão Carboidratos e Proteínas:

fornecem energia e, como também tem fibras, ainda há o benefício de essa energia ser liberada aos poucos ao organismo, evitando picos de glicose no sangue, além de auxiliar em um bom funcionamento intestinal, o que reflete na saúde como um todo.

Já é bem conhecido o papel das fibras na prevenção de doenças cardiovasculares, diabetes, alguns tipos de câncer, constipação, entre outros males associados.

Minerais (cálcio, zinco, cobre, manganês, potássio e magnésio): nutrem de uma forma geral todas as células do corpo.

Cálcio: importante para o crescimento e manutenção dos ossos.

Zinco: ajuda na saúde do sistema imunológico.

Cobre: atua na formação do sangue e dos ossos e libera a energia dos alimentos.

Manganês: estimula a atividade das enzimas antioxidantes e processos de produção de energia.

Potássio: importante para ajudar o corpo a expelir o excesso de sódio, prevenindo a hipertensão.

Magnésio: promove saúde muscular, alivia a cólica menstrual e o tensionamento muscular.

Vitaminas do complexo B: melhoram o fornecimento de energia ao organismo, podendo dar mais disposição ao indivíduo.

Vitamina E: antioxidante que protege contra a oxidação.

Vitamina K: essencial para a formação de proteínas responsáveis pela coagulação sanguínea e para manter a saúde dos ossos.

Receita: Farinha de feijão-branco


Lave o feijão com água e seque ao sol ou sobre papel toalha, durante dois ou três dias.
Quando estiver bem seco, coloque no liquidificador ou processador e bata bem.
Passe o feijão triturado por uma peneira.
Se quiser a farinha mais fina, passe-a novamente pelo liquidificador e torne a peneirar.
A parte que sobrar na peneira é o farelo. Ele tem as mesmas propriedades da farinha, e misturado à farinha de trigo, pode ser usado em receitas como pães e bolos.

Em geral, 1 kg de feijão-branco rende aproximadamente 200 gramas de farinha, que deve ser colocada em um pote bem fechado e armazenada em local seco e arejado.

Evite fazer em grandes quantidades para evitar que a farinha fique velha e perca as propriedades.

Atenção: Procure um médico e ou nutricionista para adequar o consumo exato da farinha de feijão-branco ás reais necessidades do seu organismo."

Fonte: Revista Vida Natural e Equilíbrio