quinta-feira, 17 de julho de 2014

Pimenta - Revista Men's Health

Acho que todo mundo já está cansado de saber que a pimenta é um alimento termogênico, certo? A revista Men's Health entrou em contato comigo para uma entrevista sobre os diversos tipos que existem da pimenta. Adorei participar!

Se você não comprou a sua edição nas bancas, tá aqui o clipping. :) Clica na imagem para ampliar.



Benefícios da Pimenta

Ingrediente bastante comum na culinária brasileira, os diversos tipos de pimentas contém poucas calorias, possui um ardor que vem dos capsaicinóides (substâncias que não tem ardor ou sabor, mas agem nas células nervosas da boca causando a sensação de ardência), principalmente concentrados nas nervuras brancas e nas sementes, podendo ser removidos para produzir um sabor mais suave.

Pertence às plantas do gênero Capsicum e nelas há um fitoquímico chamado Capsaicina, responsável por garantir o sabor ardido do alimento. A capsaicina possui propriedades antioxidantes, anticarcinogênicas e antimutagênicas. Pode ser consumida na forma de molhos ou até mesmo em geléias.
O sabor picante dos frutos provém da ação de uma substância denominada capsaícina que é acumulada pelas plantas no tecido da superfície da placenta e é liberada pelo dano físico às células quando se extraem sementes ou corta-se o fruto para qualquer fim.

A capsaicina é encontrada na pimenta malagueta, cayenne, jalapeño, cumari, entre outras. No entanto, a quantidade da substância varia de espécie para espécie e depende muito da época da colheita e do tipo de colheita.

A recomendação é o consumo de até 30 mg/dia de capsaicina para que se obtenha o efeito terapêutico. Isso é equivalente a ingerir até 06 unidades da pimenta dedo-de-moça, 03 unidades de pimenta jalapeño ou até ½ pimenta malagueta. Além disso, os frutos de Capsicum são também fontes de vitaminas C, complexo B (tiamina, riboflavina, niacina e ácido fólico) e de vitamina A.
Curiosidade: 1 colher de sopa de pimenta, são encontradas vitaminas A (cerca de 70% da recomendação) e C (mais que 100%).



1.     Câncer
A reportagem da revista aborda a importância do consumo de pimenta na redução da pressão arterial. No entanto, a grande maiorias dos estudos apontam para as propriedades antioxidantes, anticarcinogênicas e antimutagênicas da capsaicina.

Este fitoquímico possui a capacidade de reduzir a quantidade de radicais livres no organismo por modular a formação de moléculas pró-inflamatórias através de ações sobre a ciclo-oxigenase (COX-2), prostaglandinas (PGE2) e fator de necrose tumoral (TNF-α), que estão associadas com doenças crônicas como diabetes, aterosclerose e câncer.

A capsaicina inibe a proliferação celular descontrolada, característica de células cancerosas, além de induzir a apoptose (morte) da linhagem de células malignas. Outro mecanismo inibitório do câncer pela capsaicina se dá através da inativação do NF-B, que é ativado em resposta a vários estímulos extracelulares, como citocinas inflamatórias, agentes infecciosos e irradiação ultravioleta. Uma vez ativado, o NF-B irá estimular a expressão de genes envolvidos em repostas imunológicas, inflamação e sobrevivência da célula cancerígena.

2.     Controle da Pressão arterial

Alguns antigos dizem que as pimentas podem prevenir coágulos sangüíneos que causam ataque cardíaco e derrame cerebral.
No entanto, existem poucas evidências sobre os benefícios da pimenta no controle da pressão arterial, sendo que a capsaicina é um composto fenólico com grande ação antioxidante e anti-inflamatória. Dessa forma, este fitoquímico é mais uma arma disponível na alimentação para combater as doenças da modernidade.


3.     Metabolismo

Em relação à sua ação termogênica é decorrente do aumento da oxidação de gorduras que este alimento causa no sistema orgânico, consequentemente, possui o efeito termogênico mencionado.


A pimenta sempre está na lista dos alimentos termogênicos, os quais possuem a fama de auxiliar no emagrecimento. Esses alimentos são aqueles capazes de acelerar o metabolismo, já que sua ingestão constante permite que nosso organismo trabalhe em um ritmo mais acelerado, gastando mais energia do que o habitual. No fim das contas, essas calorias gastas a mais podem significar quilos a menos na balança.

Muitos alimentos são conhecidos por seus efeitos termogênicos, sendo os principais: pimenta vermelha, gengibre, chá verde/branco, vinagre de maçã, café, cacau e guaraná em pó, entre outros.

Existem diversos mecanismos pelos quais os termogênicos podem auxiliar na perda de peso. Alguns deles atuam no Sistema Nervoso Central, estimulando o estado de alerta e concentração, retardando a fadiga muscular e aumentando a disposição para os exercícios físicos. Outros atuam diretamente nos adipócitos, as células que armazenam gordura, potencializando a quebra das gorduras durante o exercício.

A pimenta, no entanto, não deve ser encarada como milagrosa. A simples inclusão de algum desse alimento na dieta não garante a perda de peso. Ela pode atuar como adjuvante do tratamento, mas desde que associada a um programa de re-educação alimentar e atividade física. Essa ação termogênica também depende de uma dose mínima e da frequência de consumo. Não espere, portanto, que ao consumir alguns desses alimentos esporadicamente os resultados apareçam. Para que façam efeito, esses alimentos devem fazer parte de uma rotina alimentar diária ou até mesmo na forma de suplementos alimentares prescritos por médicos ou nutricionistas.

Estudo:
Pesquisadores da Purdue University, nos Estados Unidos, ofereceram a voluntários 1 g (meia colher de chá) de pimenta vermelha, quantidade bem aceita pela maioria das pessoas. Foram recrutadas 25 pessoas, 13 que gostavam de pimenta e 12 não, e elas participaram de um estudo de seis semanas. Medições do metabolismo mostraram que o corpo dos primeiros funcionava de forma mais acelerada, além de consumirem menos calorias nas refeições em que salpicavam o condimento em seu prato. Mas parece ser necessário sentir o ardor para se beneficiar das propriedades da capsaicina. Outro estudo demonstrou que o consumo em cápsulas não traz os mesmos benefícios.


4.     Alimento Afrodisíaco

A pimenta tem sim alguns princípios ativos que estimulam a circulação e a vasodilatação, ajudam a vasodilatação do pênis e o relaxamento da vagina, podendo entrar na lista de possíveis alimentos afrodisíacos.


5.     Saciedade

Existem controvérsias quanto ao real papel da pimenta na saúde. Estudos experimentais concluíram que a ingestão da pimenta vermelha diminui o desejo subsequente de se ingerir proteínas, carboidratos e gorduras, efeito que provavelmente está relacionado com o estímulo aumentado do sistema nervoso simpático.

Como o aumento na atividade do sistema nervoso simpático afeta o comportamento de ingestão alimentar, a adição da pimenta vermelha (capsaicin) à dieta pode reduzir o desejo de comer.

6.     Proteção conta acidez

Outra função da pimenta é o estímulo à salivação, neutralizando, desta forma, os ácidos da saliva, protegendo dentes, gengivas e a mucosa do estômago contra ulcerações provocadas pela acidez e consumo de álcool.
Apesar dos benefícios da pimenta vermelha, é importante ressaltar que a ingestão excessiva pode provocar efeitos contrários aos esperados, sendo prejudiciais ao sistema digestório.


7.     Depressão

Um estudo demostrou que  o uso da pimenta se mostra benéfico também no tratamento da enxaqueca e da depressão. Seu consumo leva à liberação pelo organismo de adrenalina e noradrenalina. Esses hormônios estão associados ao estado de alerta e ânimo da pessoa.


Sem medo de consumir!
beijossss



Um comentário:

  1. Dra. Fernanda, quais são os benefícios do gergelim e como deve ser consumido?

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