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Benefícios da Pimenta
Ingrediente bastante comum na culinária brasileira, os
diversos tipos de pimentas contém poucas calorias, possui um ardor que vem dos
capsaicinóides (substâncias que não tem ardor ou sabor, mas agem nas células
nervosas da boca causando a sensação de ardência), principalmente concentrados
nas nervuras brancas e nas sementes, podendo ser removidos para produzir um
sabor mais suave.
Pertence às plantas do gênero Capsicum e nelas há um
fitoquímico chamado Capsaicina, responsável por garantir o sabor ardido do
alimento. A capsaicina possui propriedades antioxidantes, anticarcinogênicas e
antimutagênicas. Pode ser consumida na forma de molhos ou até mesmo em geléias.
O sabor picante dos frutos provém da ação de uma
substância denominada capsaícina que é acumulada pelas plantas no tecido da
superfície da placenta e é liberada pelo dano físico às células quando se
extraem sementes ou corta-se o fruto para qualquer fim.
A capsaicina é encontrada na pimenta malagueta, cayenne,
jalapeño, cumari, entre outras. No entanto, a quantidade da substância varia de
espécie para espécie e depende muito da época da colheita e do tipo de
colheita.
A recomendação é o consumo de até 30 mg/dia de capsaicina
para que se obtenha o efeito terapêutico. Isso é equivalente a ingerir até 06
unidades da pimenta dedo-de-moça, 03 unidades de pimenta jalapeño ou até ½
pimenta malagueta. Além disso, os frutos de Capsicum são também fontes de
vitaminas C, complexo B (tiamina, riboflavina, niacina e ácido fólico) e de
vitamina A.
Curiosidade: 1 colher de sopa de pimenta, são encontradas
vitaminas A (cerca de 70% da recomendação) e C (mais que 100%).
1.
Câncer
A reportagem da revista aborda a importância do consumo de
pimenta na redução da pressão arterial. No entanto, a grande maiorias dos
estudos apontam para as propriedades antioxidantes, anticarcinogênicas e
antimutagênicas da capsaicina.
Este fitoquímico possui a capacidade de reduzir a quantidade
de radicais livres no organismo por modular a formação de moléculas
pró-inflamatórias através de ações sobre a ciclo-oxigenase (COX-2),
prostaglandinas (PGE2) e fator de necrose tumoral (TNF-α), que estão associadas
com doenças crônicas como diabetes, aterosclerose e câncer.
A capsaicina inibe a proliferação celular descontrolada,
característica de células cancerosas, além de induzir a apoptose (morte) da
linhagem de células malignas. Outro mecanismo inibitório do câncer pela
capsaicina se dá através da inativação do NF-B, que é ativado em resposta a
vários estímulos extracelulares, como citocinas inflamatórias, agentes
infecciosos e irradiação ultravioleta. Uma vez ativado, o NF-B irá estimular a
expressão de genes envolvidos em repostas imunológicas, inflamação e
sobrevivência da célula cancerígena.
2.
Controle da Pressão arterial
Alguns antigos dizem que as pimentas podem prevenir coágulos
sangüíneos que causam ataque cardíaco e derrame cerebral.
No entanto, existem poucas evidências sobre os benefícios da
pimenta no controle da pressão arterial, sendo que a capsaicina é um composto
fenólico com grande ação antioxidante e anti-inflamatória. Dessa forma, este
fitoquímico é mais uma arma disponível na alimentação para combater as doenças
da modernidade.
3.
Metabolismo
Em relação à sua ação termogênica é decorrente do aumento da
oxidação de gorduras que este alimento causa no sistema orgânico,
consequentemente, possui o efeito termogênico mencionado.
A pimenta sempre está na lista dos alimentos termogênicos,
os quais possuem a fama de auxiliar no emagrecimento. Esses alimentos são
aqueles capazes de acelerar o metabolismo, já que sua ingestão constante
permite que nosso organismo trabalhe em um ritmo mais acelerado, gastando mais
energia do que o habitual. No fim das contas, essas calorias gastas a mais
podem significar quilos a menos na balança.
Muitos alimentos são conhecidos por seus efeitos
termogênicos, sendo os principais: pimenta vermelha, gengibre, chá verde/branco,
vinagre de maçã, café, cacau e guaraná em pó, entre outros.
Existem diversos mecanismos pelos quais os termogênicos
podem auxiliar na perda de peso. Alguns deles atuam no Sistema Nervoso Central,
estimulando o estado de alerta e concentração, retardando a fadiga muscular e
aumentando a disposição para os exercícios físicos. Outros atuam diretamente
nos adipócitos, as células que armazenam gordura, potencializando a quebra das
gorduras durante o exercício.
A pimenta, no entanto, não deve ser encarada como milagrosa.
A simples inclusão de algum desse alimento na dieta não garante a perda de
peso. Ela pode atuar como adjuvante do tratamento, mas desde que associada a um
programa de re-educação alimentar e atividade física. Essa ação termogênica também
depende de uma dose mínima e da frequência de consumo. Não espere, portanto,
que ao consumir alguns desses alimentos esporadicamente os resultados apareçam.
Para que façam efeito, esses alimentos devem fazer parte de uma rotina
alimentar diária ou até mesmo na forma de suplementos alimentares prescritos
por médicos ou nutricionistas.
Estudo:
Pesquisadores da Purdue University, nos Estados Unidos,
ofereceram a voluntários 1 g (meia colher de chá) de pimenta vermelha,
quantidade bem aceita pela maioria das pessoas. Foram recrutadas 25 pessoas, 13
que gostavam de pimenta e 12 não, e elas participaram de um estudo de seis
semanas. Medições do metabolismo mostraram que o corpo dos primeiros funcionava
de forma mais acelerada, além de consumirem menos calorias nas refeições em que
salpicavam o condimento em seu prato. Mas parece ser necessário sentir o ardor
para se beneficiar das propriedades da capsaicina. Outro estudo demonstrou que
o consumo em cápsulas não traz os mesmos benefícios.
4.
Alimento Afrodisíaco
A pimenta tem sim alguns princípios ativos que estimulam a
circulação e a vasodilatação, ajudam a vasodilatação do pênis e o relaxamento
da vagina, podendo entrar na lista de possíveis alimentos afrodisíacos.
5.
Saciedade
Existem controvérsias quanto ao real papel da pimenta na
saúde. Estudos experimentais concluíram que a ingestão da pimenta vermelha
diminui o desejo subsequente de se ingerir proteínas, carboidratos e gorduras,
efeito que provavelmente está relacionado com o estímulo aumentado do sistema
nervoso simpático.
Como o aumento na atividade do sistema nervoso simpático
afeta o comportamento de ingestão alimentar, a adição da pimenta vermelha
(capsaicin) à dieta pode reduzir o desejo de comer.
6.
Proteção conta acidez
Outra função da pimenta é o estímulo à salivação,
neutralizando, desta forma, os ácidos da saliva, protegendo dentes, gengivas e
a mucosa do estômago contra ulcerações provocadas pela acidez e consumo de
álcool.
Apesar dos benefícios da pimenta vermelha, é importante ressaltar
que a ingestão excessiva pode provocar efeitos contrários aos esperados, sendo
prejudiciais ao sistema digestório.
7.
Depressão
Um estudo demostrou que o uso da pimenta se mostra benéfico também no
tratamento da enxaqueca e da depressão. Seu consumo leva à liberação pelo
organismo de adrenalina e noradrenalina. Esses hormônios estão associados ao
estado de alerta e ânimo da pessoa.
Sem medo de consumir!
beijossss
Dra. Fernanda, quais são os benefícios do gergelim e como deve ser consumido?
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